segunda-feira, 30 de junho de 2008

6º Dia...........Calor esquisito????

Este dia foi muito comprido...
Aconteçeu muita coisa, direi mesmo que aconteçeu tudo.
Foi bom para recebermos um pequeno "aconchego" do deserto.
Não tenho fotos da pior parte, mas tambem não preciso, ficou cá bem guardado no "Disco Rigido".
Quem quiser que conte mais qualquer coisa.
A moto do Irra morreu, coitada.

Siga, fica para a próxima.






























5 comentários:

Anónimo disse...

Bem neste dia aconteceu realmente um pouco de tudo...MAS como tudo terminou bem....sujeitos a....furos, sustos com a embraiagem, atascanços, quedas sem ferimentos, furos, calor, perdidos no deserto a 400 metros do resto do grupo, reboques, tempestade de areia, uma pista a fazer noite cerrada... foi mais ou menos isto ou terei esquecido alguma coisa....

Anónimo disse...

Bem Erg...pelas paisagens do 6º Dia, para todo o pessoal motard, mas em especial para ti, deve ter dado por vezes para "dar larga á imaginação" e ás perfomances da tua "laranja mecânica"!?...não?

Erg disse...

Sempre a dar-lhe......

Anónimo disse...

Talvez o dia mais duro de um raid que se devia ter iniciado muito cedo e que por motivos logisticos se iniciou na hora do calor mesmo esquisito.
Fica a experiência e a recordação de uma pista muito bonita mas muito dura, com pedra, fesh-fesh,areia,pedra,e mais pedra.
Neste dia fui mais o Barbas meter gasolina em Msid e exprimentei a moto do Action Erg que me entusiasmou mas que não transformou o meu conceito de moto. Fomos com a ideia de encontrar um posto dentro da vila pois aquele onde estávamos estava desactivado. Ao entrar-mos na vila procurámos o posto e perguntá-mos aos locais pelo mesmo fazendo um gesto de abastecimento da moto.
Fomos seguindo as indicações até chegarmos á entrada de uma casa normal de onde saiu um homem que nos perguntou o que queriamos e a quantidade. Depois trouxe a grade da Coca-cola com garrafas de litro cheias de gasolina ou o de alguma mistura manhosa. Uma coisa é certa. Quando existe necessidade de alguma coisa este Marrocos responde mesmo que nós achemos difícil.
Este foi também o dia em que pensei que tinha ficado sem embraiagem no meio da areia quando o carro fez um barulho enorme após atascar atrás do Zé M..
Depois tudo se resolveu para meu descanso que vi a vida a andar para trás com um problema como aquele no meio do nada.Grande Zé M. que me tranquilizou e Fennec que tirou a viatura. A vivência aliada á experiência fazem deste amigo um verdadeiro expert e amigo nestas lides.
Depois foi a espera, o encontro, o guardar das motos, a tempestade de areia, o estou completamente perdido do fennec e as luzes de Taouz que o Erg via mas que a bruta dor de cabeça que trazia não o deixava responder.
Alcatrão salvador até aos 6km que nos separavam do auberge junto ao Erg Chebi.
Navegar é....estar "completamente perdido" com as rodas em cima do alcatrão e dizê-lo ou "ainda falta uma hora para chegar" e nem 10 minutos faltavam. É a formação e a psicologia para que a concentração se mantenha.
Um abraço Fennec.

Anónimo disse...

Calor esquisito?
O calor do 6º dia não teve nada de esquisito! Foi um calor bastante puro e duro. É impressionante a facilidade com que o nosso corpo desidrata, nestas condições climatéricas!

Não vou descrever este dia, isso ficará para "outras núpcias"...

No que toca à minha pessoa, depois de ter caído umas 3 vezes e já sem forças para desatascar a mota, senti-me mais minúsculo e insignificante do que nunca. Se estivesse sozinho, não sairía dali tão depressa. Valeu-me a ajuda de todos. Mesmo assim, foi-me difícil voltar a montar a BMW e fazer os escassos metros até Rmelia, onde larguei a mota e me entreguei ao cansaço e ao esgotamento físico durante um largo espaço de tempo...

Depois, o facto de nos termos separado dos outros dois motards, mostrou-me que o Deserto tem tanto de belo como de assustador.
Penso que este dia serviu, para sentir o devido respeito pelo Deserto. Foi sem dúvida uma experiência minúscula o que vivemos, mas que teve o seu valor, isso teve!

Foi para mim uma lição de vida! Aprendi a dar mais valor às gentes do Deserto, eles que ao contrário de nós, habitam esta terra feita de nada, sempre com um sorriso nos olhos e prontos a ajudar.

São eles os autênticos sobreviventes e não nós, "bichinhos do betão" que chegamos com potentes máquinas a querer devorar o Deserto.
Queiramos antes, não ser devorados por ele...

Barbas