O próximo passeio está a um passo de ser agendado. Mais um reconhecimento foi cumprido, este a grande custo, no passado fim-de-semana. Foi duro, mas conseguimos!
Atravessámos montes e vales, ribeiras e lamaçais, tudo com grande dificuldade. Muita água no chão e a cair do céu…
Acampámos numa colina com vista para a barragem do Alqueva, debaixo de uma tempestade bíblica. Estava já escuro mas acho que vi a arca de Noé a passar pouco mais abaixo do local onde estávamos… penso que fez uma passagem por ali, para apanhar um casal de porcos pretos…
Um dos membros da expedição, não aguentou a pressão da intempérie e fugiu para Portel, à procura de um quarto quentinho para dormir. Os outros, aguentaram-se que nem uns leões!
Depois de uma noite tranquila, repleta de chuva e vento como “Deus a dava”, lá amanheceu o dia com uns laivos de Sol, que ajudou a secar parcialmente as tendas.
Nesta altura reparámos que durante a noite, tinha também uma das tendas fugido, sabe-se lá para onde. Meia hora de buscas intensivas e nada! Nem sinal dela. Arrumámos o material e demos mais uma volta para ver se encontrávamos a tresmalhada. Lá estava ela, encostadinha ao rail de protecção do IP2, como que a proteger-se do frio e do vento!
Coitadinha, afinal ela tem estado a atravessar uma fase sensível e só quis proteger-se do mau tempo. Acarinhei-a e coloquei-a no jipe, com a promessa de nunca mais a deixar dormir sozinha.
Posto isto, regressámos contentes e sujos de lama até à cintura, não sem antes levarmos com duas trovoadas em cima, daquelas que não nos deixam ver nem sequer a frente do carro. Valeu-nos um segundo pequeno-almoço em Évora, com galões e chás que nos mantiveram quentes até chegarmos a casa.
Aos que ficaram em casa, no conforto do sofá, só tenho uma coisa a dizer:
É pena que não tenham vivido estes dois dias connosco! Não iam arrepender-se de certeza! Fica para a próxima, quem sabe…