Estou aqui sempre a dizer coisas bonitas de Marrocos , mas também há lá coisas que não gosto e me chateiam:
- Não gosto de pensar que posso ser apanhado em excesso de velocidade injustamente (Lá como cá..)
- Conduzir durante a noite em zonas populadas pode ser problemático, não por ser inseguro, mas porque é muito fácil atropelar alguém que se passeia no meio da estrada sem qualquer cuidado.
- Não gosto de alguns oportunistas (Lá como cá)
- Não gosto de pensar que se beber agua da torneira fico doente
- Não gosto das casas de banho dos restaurantes e de outras..
- Não gosto da fronteira de Ceuta
- Não gosto de Tanger nem de Agadir
7 comentários:
Que praça esta. E jantar lá ou beber um sumo de laranja durante o dia, já para não falar num chá á la menthe na varanda de um café fantástico onde podemos apreciar a azáfema das gentes na praça mais conhecida de Marraquexe.
O que gosto mesmo é do sul, do deserto, das gentes, da comida e da liberdade do tempo que naquela altura nos pertence.
Tudo o resto faz parte das nossas necessidades e das nossas deslocações.
Cuidados redobrados sempre e "pide no pedal" com os CBs a funcionar.
Sim, passei-me e isto é um testamento, mas achei que valia a pena! Para uns será uma novidade, para outros será uma confirmação e para outros não será nada de novo...
É realmente mais fácil e mais tendencioso falarmos do que gostamos mas, o que é um facto é que tudo o que gostamos tem sempre um lado menos bom, tal como tudo o que não gostamos tem sempre um lado menos mau!
O importante, para mim, é desfrutarmos das coisas boas contornando os seus aspectos menos bons e aprendermos a relativizar as coisas más, aproveitando o que estas têm de bom!
Parece um pouco confuso, mas não é, senão vejam:
Imaginem que tudo na vida funciona como uma balança de dois pratos em que um deles é o bom e outro, o mau.
Dependendo do prato mais pesado, assim conseguimos avaliar, segundo a nossa perspectiva, as coisas "maioritariamente boas" e as "maioritariamente más", apesar de cada um dos pratos ser sempre complementado com o outro exactamente oposto!
Existe uma simbologia com a qual gosto de estabelecer comparação que se chama "Diagrama do Tai Chi".
É o símbolo Yin Yang da filosofia da cultura chinesa, que todos conhecem concerteza (é aquela circunfrência composta por dois elementos iguais sendo um preto e outro branco, que encaixam um no outro) e que consiste no seguinte:
(transcrição da Wikipédia)
Yin Yang é na Filosofia Chinesa uma representação do príncipio da dualidade de Yin e Yang, o conceito tem sua origem no Tao (ou Dao), base da filosofia e metafísica da cultura daquele país. Em chinês este conhecido símbolo que representa a integração de Yin e Yang é denominado como "Diagrama do Tai Chi" (Taiji Tu).
Segundo este princípio, duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elas surge todo movimento e mutação. Essas forças são:
Yin: o princípio passivo, feminino, noturno, escuro, frio
Yang: o princípio activo, masculino, diurno, luminoso, quente.
Também é identificado como o tigre e o dragão representando os opostos.
Essas qualidades acima atribuídas a cada uma das dualidade são, não definições, mas analogias que exemplificam a expressão de cada um deles no mundo fenoménico. Os princípios em si mesmos estão implícitos em toda e qualquer manifestação.
Os exemplos acima não incluem qualquer juízo de valor, e não há qualquer hierarquia entre os dois princípios. Assim, referir-se a Yin como negativo apenas indica que ele é negativo quando comparado com Yang, que será positivo. Esta analogia é como a carga elétrica atribuída a protons e electrons: os opostos complementam-se, positivo não é bom ou mau, é apenas o oposto complementar de negativo.
O diagrama do Taiji simboliza o equilíbrio das forças da natureza, da mente e do físico. (Preto) e (branco) integrados num movimento contínuo de geração mútua representam a interação destas forças.
A realidade observada é fluida e em constante mutação, na perspectiva da filosofia chinesa tradicional. Portanto, tudo que existe contém tanto o princípio Yin quanto o Yang. O símbolo Taiji expressa esse conceito: o Yin dá origem ao Yang e o Yang dá origem ao Yin.
Desde os primeiros tempos, os dois pólos arquetípicos da natureza foram representados não apenas pelo claro e pelo escuro, mas, igualmente pelo masculino e pelo feminino, pelo inflexível e pelo dócil, pelo acima e pelo abaixo.
Yang, o forte, o masculino, o poder criador era associado ao céu, enquanto o Yin, o escuro, o receptivo, o feminino, o material, era representado pela terra. O céu está acima e esta cheio de movimento. A terra - na antiga concepção geocêntrica - está em baixo e em repouso. Dessa forma, yang passou a simbolizar o movimento e yin o repouso. No reino do pensamento, yin é a mente intuitiva, feminina e complexa, ao passo que yang é o intelecto masculino,racional e claro. Yin é a tranquilidade contemplativa do sábio, yang a vigorosa ação criativa do rei.
O Hotu representa a geração do Tai Chi a partir do vazio Esse diagrama apresenta uma disposição simetrica do yin sombrio e do yang claro. A simetria, contudo não é estática. É uma simetria rotacional que sugere,de forma eloquente, um continuo movimento cíclico. Os dois pontos do diagrama simbolizam a idéia de que toda vez que cada uma das forças atinge seu ponto extremo, manifesta dentro de si a semente de seu oposto.
Uffff!!! Barbas
Vai lá vai....
Eu sugiro que faças uma explicação mais detalhada destes aspectos e de outros que aches interessantes a todos nós , na noite do dia em que fizermos o acampamento no Deserto e já tenhas levado com uns Kms valentes durante o dia e estejas carregadinho de pó até aos dentes.
Ah Pois...
Eu sou como a "Michelle de la Resistence":
"Pay attention, because i'll say it only once!"
Isto são alturas em que me passo para a outra dimensão... e não é sempre que desejo...
Dass... go there, go!!
Barbas
Depressa, tragam o colete de forças !!!
Agora a sério, gostei de ler, e já aprendi mais qualquer coisa hoje.
Abraços
Tuailáite zone......
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